Notícia

Irmã Faustina começava cada Advento com Maria. Antes da Festa da Imaculada Conceição, celebrou uma novena com toda a Congregação e, além disso, procurou oferecer algo à Mãe de Deus (por exemplo, uma novena com mil “Ave Maria…”). Refletiu sobre a misericórdia que Maria experimentou no dom da Imaculada Conceição, na plenitude da Graça que o Arcanjo Gabriel lhe garantiu na Anunciação e no dom da maternidade divina. Aquela que foi escolhida para ser Mãe do Filho de Deus sabe como melhor viver, fecundamente, o tempo de espera pela vinda de Jesus. Ela aconselhou Santa Irmã Faustina: “Esforce-se pelo silêncio e pela humildade, para que Jesus, que vive constantemente em seu coração, possa descansar. Adore-O em seu coração, não saia de seu interior.” (Diário 785)

Também essa pode ser a nossa resolução para esta 1° semana do Advento: preparar os nossos corações para a presença cada vez mais completa de Deus em nosso íntimo

A terceira semana do Advento será dedicada à contemplação do Mistério da Misericórdia de Deus no nascimento do Filho de Deus. Santa Irmã Faustina escreveu: “Se realiza o inconcebível milagre da Vossa Misericórdia, Senhor. O Verbo se faz Carne – Deus habitou entre nós, o Verbo de Deus – a Misericórdia Encarnada. Vós nos elevastes à Vossa Divindade pela Vossa humilhação. É o excesso do Vosso Amor, é o abismo da Vossa Misericórdia. Assombram-se os Céus com esse excesso do Vosso Amor, agora ninguém teme aproximar-se de Vós. Sois o Deus de Misericórdia, tendes compaixão da nossa miséria. Sois nosso Deus, e nós, o Vosso povo. Sois nosso Pai e nós, por Vossa Graça, somos Vossos filhos. Bendita seja a Vossa Misericórdia por Vos terdes dignado descer até nós.” (Diário 1745)
Com Santa Irmã Faustina, consideremos o Amor Misericordioso de Deus no milagre do Nascimento do Filho de Deus no estábulo de Belém e na alma do homem. Agradeçamos-lhe por querer estar tão perto de nós, desde o nascimento, passando por todas as vicissitudes da vida até à morte, para habitar conosco na casa do Pai e tornar-nos herdeiros do Céu.

 

Na segunda semana do Advento, juntamente com Santa Irmã Faustina, vamos considerar a Misericórdia de Deus no Mistério da Encarnação do Filho de Deus.
“Deus, que não exterminastes o homem após a queda, mas, na Vossa Misericórdia, lhe perdoastes; perdoastes verdadeiramente como Deus, isto é, não somente lhe tirastes a culpa, mas lhe concedestes todas as graças. Fostes levado pela Misericórdia até o ponto de que Vós mesmo Vos dignastes descer até nós e nos levantar da nossa miséria. Deus desce à terra, o Senhor dos Senhores se rebaixa, Ele – o Imortal. Mas onde desceis, Senhor? Será ao Templo de Salomão? – Ou mandais que Vos seja construído um novo santuário, aonde pretendeis descer? – Ó Senhor, que santuário devemos preparar para Vós se a terra toda é o Vosso escabelo? – Vós mesmo preparastes um Santuário para Vós – a Santíssima Virgem. O seu Seio Imaculado é a Vossa morada e nela se realiza o inconcebível milagre da Vossa Misericórdia, Senhor.” (Diário 1745)
Nesta semana com Santa Irmã Faustina, meditemos a Misericórdia de Deus no Mistério da encarnação de Seu Filho, que para nós assumiu um corpo humano no ventre da Virgem Maria. Demos graças porque a natureza humana foi assim exaltada e desde agora, através de Jesus, está presente no mistério da Santíssima Trindade.

Dentre todos os preparativos para o Natal, o mais importante é cuidar dos assuntos espirituais, preparar a alma para o novo nascimento do Filho de Deus dentro dela. Por isso, durante este período, tomamos muitas resoluções que visam organizar a nossa vida espiritual; aproveitamos os retiros, os dias de recolhimento e o sacramento da reconciliação.
Em muitos Santuários e igrejas, há longas filas para confissão. Sem esta preparação, o Natal ficará privado da alegria mais profunda que vem da presença de Deus na alma; permanecerá sendo apenas dias de folga do trabalho, uma oportunidade de ganhar presentes que só podem ser desfrutados por um momento.
Você acredita que Deus nasceu em uma manjedoura em Belém, mas ai de você se Ele não nascer em você – escreveu Adam Mickiewicz.

No dia 5 de outubro, comemoramos o 85º aniversário da morte da Apóstola da Divina Misericórdia, Santa Faustina. Neste dia, a Irmã Eufemia Traczyńska relembrou: “Durante o jantar, ouvimos o sino. Sabíamos que Irmã Faustina estava prestes a partir. Deixamos tudo e, todas as que estavam presentes, fomos até ela. O Capelão e algumas irmãs já estavam na enfermaria. Rezamos juntos. Rezamos por um longo tempo: orações pelos agonizantes, ladainhas e outras preces. Rezamos por tanto tempo que até a oração noturna foi realizada um pouco mais tarde. Em certo momento, Irmã Faustina deu um sinal de que a Madre Superiora se aproximou dela, e ela disse que ainda não estava pronta para morrer, mas que daria um sinal quando estivesse. As irmãs se dispersaram. (…) Quando eu estava voltando para minha cela, entrei na capela e rezei às almas do purgatório, pedindo que me acordassem quando Irmã Faustina estivesse prestes a morrer, porque eu realmente queria estar presente no momento da sua morte. Tive medo de pedir diretamente à Madre Superiora, porque nós, jovens professas, não tínhamos permissão para entrar lá para evitar a tuberculose. A Irmã Amélia foi autorizada porque já estava doente de tuberculose. Fui dormir no horário habitual e adormeci imediatamente. De repente, alguém me acordou: – ‘Se a Irmã quer estar presente na hora da morte da Irmã Faustina, deve se levantar’. Eu entendi imediatamente que era um engano. A irmã que veio acordar a Irmã Amélia tinha se confundido e vindo até mim. Rapidamente acordei a Irmã Amélia, vesti o hábito e a touca e corri para a enfermaria. A Irmã Amélia veio atrás de mim. Era por volta das onze da noite. Quando chegamos lá, Irmã Faustina abriu os olhos levemente e sorriu um pouco, e então inclinou a cabeça e se foi… A irmã Amelia disse que, provavelmente já não vivia, havia morrido. Olhei para a irmã Amelia, mas não disse nada, e continuamos rezando. A vela estava acesa o tempo todo.”

Este foi o dia que Santa Faustina aguardava ansiosamente, pois ansiava por uma união completa com Jesus e viver eternamente na casa do Pai, na pátria celestial, como ela costumava dizer. Ela prometeu: “Não me esquecerei de ti, pobre terra. Embora sinta que imediatamente mergulharei toda em Deus como num oceano de felicidade. Isso não será obstáculo para que eu volte à terra, encoraje as almas e as estimule à confiança na misericórdia divina. Pelo contrário, essa submersão em Deus me dará uma possibilidade ilimitada de agir” (D. 1582). Ela cumpre fielmente suas palavras, obtendo muitas graças e benefícios terrenos para todos aqueles que a procuram com confiança. Afinal, Jesus lhe disse: “Faz o que te aprouver, distribui graças como quiseres, a quem quiseres e quando quiseres” (D. 31).

Muitas pessoas já tentaram escrever a história dos acontecimentos que se realizaram entre nós, como nos foram transmitidos por aqueles que, desde o princípio, foram testemunhas oculares e ministros da palavra. Assim sendo, após fazer um estudo cuidadoso de tudo o que aconteceu desde o princípio, também eu decidi escrever de modo ordenado para ti, excelentíssimo Teófilo. Deste modo, poderás verificar a solidez dos ensinamentos que recebeste. Naquele tempo,  Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza. Ele ensinava nas suas sinagogas e todos o elogiavam.  E veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor”. Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”.
Evangelho (Lc 1,1-4;4,14-21)

Do Diário de Santa Faustina, número 669

Estou aprendendo com Jesus a ser boa, com Aquele que é a própria bondade, para que eu possa ser chamada filha do Pai Celestial. Hoje, antes do meio-dia, tive um grande dissabor e, em meio a esse sofrimento, procurei unir a minha vontade com a vontade de Deus, louvando a Deus no meu silêncio.

Em abril, em todas as capelas da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora Mãe da Misericórdia, incluindo a capela com a famosa imagem de Jesus Misericordioso e o túmulo de Santa Faustina no Santuário em Cracóvia-Łagiewniki, são realizadas celebrações noturnas em honra da Divina Misericórdia, durante as quais é cantada a Ladainha da Misericórdia Divina. As invocações da ladainha foram registradas por Santa Faustina em seu Diário e com base nelas, seu confessor em Vilnius, o Beato Padre Michał Sopoćko, compôs essa Ladainha. Ao rezarmos com suas palavras, não apenas glorificamos a Misericórdia Divina, mas também podemos compreender melhor o mistério do amor misericordioso de Deus, que acompanha o ser humano em todos os aspectos de sua vida terrena, estando sempre presente em todos os lugares.

91º Aniversário da revelação da Imagem de Jesus Misericordioso

“À noite, quando me encontrava na minha cela, vi Nosso Senhor vestido de branco. Uma das mãos erguida para abençoar, enquanto a outra tocava-Lhe a túnica sobre o peito. Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e o outro pálido. Em silêncio, eu contemplava o Senhor. A minha alma estava cheia de temor, mas também de grande alegria. Logo depois, Jesus me disse:Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós. Desejo que essa Imagem seja venerada primeiramente na vossa capela e depois no mundo inteiro.” Diário,47 Esse evento ocorreu na cela do convento em Płock da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora Mãe da Misericórdia, no dia 22 de fevereiro de 1931. A primeira imagem de Jesus Misericordioso foi pintada em Vilnius, capital da Lituânia, em 1934, sob a supervisão da própria Irmã Faustina, no Atelier do pintor Eugeniusz Kazimirowski, e foi exibida para veneração pública pela primeira vez na igreja de Nossa Senhora Mãe da Misericórdia, Ostrej Bramie, em 1935. Desde então, muitas pinturas foram criadas. A mais famosa é a pintura de Jesus Misericordioso, do pintor Aldolf Hyła, que se encontra na capela do convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora Mãe da Misericórdia – o Santuário da Divina Misericórdia em Cracóvia, Łagiewniki- Polônia. A pintura foi criada sob a orientação do diretor espiritual da Apóstola da Divina Misericórdia, em Cracóvia, Padre José Andrasz SJ, que consagrou a imagem na Festa da Misericórdia, em 16 de abril de 1944. é exatamente nessa imagem que se cumpriram as palavras de Jesus ditas à Irmã Faustina na primeira aparição:Desejo que essa Imagem seja venerada primeiramente na vossa capela e depois no mundo inteiro. Diário,47
Não apenas os peregrinos de todo o mundo que vêm a imagem fisicamente e rezam no santuário podem alcançar as graças, mas também todos aqueles que, com confiança, se aproximam do Deus que é rico em misericórdia.

Mais informações sobre toda a história da Imagem, as promessas que Jesus fez a cada que dela se aproximar, você encontra neste link:

https://www.santafaustina.com.br/imagem-de-jesus-misericordioso/?wide=true#more-29

O significado das escolhas diárias.

Talvez não percebamos o quanto depende das nossas escolhas diárias, pegando a cruz a cada dia e seguindo os passos de Jesus. Na verdade, aqui, na vida terrena, decidimos sobre tudo: não apenas sobre o que é importante para a vida pessoal, familiar, profissional, social, nacional…, mas principalmente para a vida eterna. Vivemos na terra apenas para aprender a amar, porque toda a eternidade será sobre amar. E na arte de amar está inserida a cruz de suportar sofrimentos, perdoar, sacrificar… Sobre o quanto a habilidade de carregar a cruz tem importância para a vida eterna, Jesus instruiu a Irmã Faustina.

“Então vi Nosso Senhor pregado na cruz. Enquanto Jesus, por alguns momentos, estava suspenso nela, vi uma legião inteira de almas crucificadas da mesma forma que Jesus. E vi uma segunda e ainda uma terceira legião de almas. A segunda legião não estava pregada na cruz, mas essas almas seguravam firmemente a cruz em suas mãos. A terceira legião de almas, no entanto, não estava nem crucificada, nem segurava firmemente a cruz nas mãos. Essas almas arrastavam a cruz após si e estavam insatisfeitas. Então Jesus me disse: Estás vendo — essas almas que são semelhantes a Mim em sofrimentos e desprezo? Elas serão também semelhantes a Mim na glória; e as que forem menos parecidas Comigo no sofrimento e no desprezo — essas também terão menos semelhança Comigo na glória. Entre as almas crucificadas — o maior número era daquelas que pertenciam ao estado religioso. Vi também crucificadas almas minhas conhecidas, o que me causou grande alegria. Então Jesus me disse: Na meditação de amanhã, refletirás sobre o que viste hoje.” (D. 446).

A Sexta-feira Santa

É o único dia do ano sem Eucaristia, pois Jesus Cristo ofereceu a mais perfeita de todas as ofertas de Si mesmo no Calvário. A fonte da Minha misericórdia foi, na cruz, aberta com a lança para todas as almas – não excluí a ninguém (D. 1182) – disse o Senhor Jesus a Santa Faustina em uma das muitas revelações relacionadas com a Sua paixão. Na Sexta-feira Santa, no Santuário da Divina Misericórdia em Cracóvia-Łagiewniki, a oração da Hora da Agonia de Jesus na Cruz (Hora da Misericórdia) é celebrada de forma especialmente solene às 15:00, e começa a novena antes da Festa da Misericórdia (transmissão disponível no site: www.faustyna.pl). Após a novena, por volta das 15:30, haverá a Via Sacra. A Liturgia da Paixão do Senhor começará na basílica às 18:00. Após a adoração da Cruz e a Comunhão, haverá uma procissão eucarística até o Sepulcro do Senhor, que tradicionalmente é preparado no convento, na capela da Paixão do Senhor. Lá, haverá adoração contínua do Senhor na Eucaristia, iniciada com as “Lamentações amargas”. Durante toda a noite, na basílica, será possível receber o sacramento da reconciliação durante a chamada “Noite dos Confessionários”. Na Sexta-feira Santa, o jejum rigoroso e a abstinência de carne são obrigatórios.